quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Receitinha fácil... porém faceira.

Saudações nobres almas veggys ou (ainda) não veggys!

Procurando uma coisa diferente e saborosa para comer, mas sem muito tempo para preparar? Ou vai dar aquele famoso jantar vegano para seus amigos, e quer impressionar, mas não sabe ainda como?
Seus problemas acabaram!
Aí vai uma receitinha fácil e prática, mas capaz de impressionar os olhos alheios:

Crêpes végétalien (crepe vegana)

Ingredientes (rende duas panquecas):

- Massa semi-pronta para panqueca dessas que se encontra em supermercado
- 4 tomates cereja
- 4 azeitonas pretas
- 1 abobrinha italiana
- manjericão ou orégano para salpicar
- creme de tofu ( ver receita no fim)

- Modo de preparo

Cozinhe a abobrinha, cortada em rodelas, preferencialmente, no vapor. Leve 1 disco de massa por vez a uma panela antiaderente para esquentar em fogo brando, virando de lado após alguns minutos. O suficiente para dourar um pouco. Retire, recheie com o creme de tofu, as abobrinhas, as metades de tomate cereja, as azeitonas sem caroço e polvilhe o manjericão ou orégano. Dobre o disco, fazendo um sanduiche. Sirva em um prato. Para comer de garfo e faca.

Creme de tofu:

- 1 xic de tofu firme ou macio
-1/4 xic de azeite
-2 col sopa de suco de limão
-1/3 xic de água
-cúrcuma para colorir
- sal e pimenta do reino à gosto
Bata os ingredientes em liquidificador e leve ao fogo alto até a fervura. Abaixe o fogo e mexa por 4 minutos para não grudar. Está pronto para rechear.

Fonte da receita do creme de tofu:

Curcelli, Ana Maria: Tofu mágico.Ed Gato Preto. 1 ed. 2007.




terça-feira, 26 de novembro de 2013

Você conhece o "amaranto"?


 Se a sua resposta foi: Acho que já ouvi falar,não é aquele cara dos Los Hermanos? Páre e preste atenção! ( Detalhe, o nome do tal cara é Amarante).


  O amaranto é, podemos assim dizer, um parente próximo da quinoa. Essa você já conhece pois eu já escrevi sobre ela aqui no Blog. Lembra que eu citava que ela era um pseudocereal originário dos Andes, cuja cultura teria sido trocada pelos mais conhecidos, porém menos nutritivos cereais como o arroz, por parte dos conquistadores (ou invasores) europeus?  O mesmo sucedeu com nosso amigo. Veja o que perdemos durante todo esse tempo, então: Rico em proteínas de alto valor biológico ( todos os aminoácidos essenciais), cerca de 15% do grão,  comparável à tão vangloriada proteína do leite (eca). Além de riquíssimo em cálcio biodisponivel, ( melhor absorvido do que o cálcio dos vegetais verde-escuros).

Ah, você quer mais motivos? Ok, lá vai: é também boa fonte de zinco e fósforo, além de conter alto teor de fibras solúveis (4,2 g em 100g enquanto a aveia possui apenas 1,9g).

Parece bom, mas ainda não está convencido a procurar? Hum, ok: NÃO CONTÉM GLÚTEN. Ou seja, celíacos e galera que gosta de seguir as dietas da moda, que tal? O amaranto encontrado à venda vem na forma de flocos, assim como a aveia, ou em farinha, que não tem gosto, podendo ser um bom substituto em receitas. Convencidos?  Bom, se o amaranto, com todos esses atrativos não te convencer, eu é que não vou. Ah, dá pra fazer pipoca com ele tb...

Pra quem gostou, e está disposto a experimentar, aí vai uma receitinha  da minha  “mestre” cuca, rs:

Pão de aveia e amaranto ( a aveia é mais pra baratear o custo da receita)

- 3 xic de aveia
- 3 xic de amaranto
- 2 xic de farinha de trigo integral ( para celíacos usar a farinha do próprio amaranto)
- 2 col sopa de fermento biológico
- 1 col de sopa de um óleo mais saudável que tiver à disposição ( usei de soja orgânica prensada à frio)
- 1 col sopa de sal do Himalaia ( dá um sabor todo especial, mas se não tiver, pode usar sal marinho msm)
- água morna ( 3 a 4 xic)

Misture a aveia e o amaranto, a farinha e o fermento e depois junte os demais ingredientes. A água morna vai acrescentando aos poucos e vá trabalhando a massa até que ela esteja elástica. Faça pãezinhos usando de 2 a 3 colheres de sopa da massa para cada um e deixe descansarem em uma assadeira polvilhada com aveia, linhaça, ou o que tiver. Deixe-os bem separados pois a massa tem que dobrar de volume. Quando isso acontecer, leve ao forno a 200o C por aproximadamente 40 min.

Obs: Só peço por favor não usarem creme vegetal para passar nele ( isso é um lixo industrial, vai comprometer o sabor e o valor nutricional da receita) e não tomar com café, pois este roubará todo o cálcio e o ferro do amaranto, deixando com você, somente as calorias.


Fontes:


Revista dos vegetarianos. Ec Europa. 2013. Julho  no81 p 23

sábado, 16 de novembro de 2013

Hambúrgueres - vilões ou aliados

Velhos conhecidos dos frequentadores de fast food, os hambúrgueres podem ser a coisa mais nojenta ou mais versátil que você tem na sua cozinha. Calma, eu explico: Se carnívoros e industrializados, estes não passam de amontoados de restos de carnes de diferentes espécies, reaproveitadas pelos produtores. Preciso falar, qual das opções esse tipo de hambúrguer é? Porém, se vegetarianos e feitos em casa, eles podem se tornar excelentes opções para dias corridos em que não há muito tempo para comer, exceto fazer um lanchinho rápido, ou como forma de reaproveitar sobras de alimentos. Por exemplo, até as sobras de arroz e feijão podem acabar virando um bom hambúrguer. Tudo que se precisa é de alguns temperos, um bom agente ligante, como o tofu ou o ágar ágar e não ter medo de por a mão na massa. Uns minutinhos de "amassa, amassa e molda" e vc tem uma linda e saudável opção para colocar no meio de um sanduíche.  Quer coisa melhor e mais prática? Dá pra acrescentar ingredientes como a fumaça líquida, que são facilmente encontráveis nos mercados municipais,e dar aquela cara de defumado para o seu hambúrguer. Aí é só fazer da maneira que melhor lhe aprouver, assado, frito, grelhado...

Esqueça as redes de fast-food de uma vez por todas ( se você ainda é carnívoro) e faça você mesmo hambúrgueres com sobras caseiras que podem ser armazenados e consumidos no momento que achar necessário.

O exemplo da foto é um hambúrguer feito a partir de resíduo de leite de amêndoas, tofu e temperos. Está embaladinho e pronto para ser desembrulhado e  levado ao fogo para por no lanche. E ao contrário dos de carne, não tem problema nenhum em se comer cru, caso esteja tudo dentro da validade.

Manda ver!


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Pão integral de aveia e quinoa ( Bread Pitt)

Olá, faz um tempinho que não escrevo nada, eu sei. É que veganos são pessoas normais, com seus empregos e estudos, e final de semestre, meu amigo, é igual pra qualquer um, independente de hábitos ou dieta. Bom, para me redimir, vou postar a receitinha aqui, de um pãozinho que acabei de fazer, pq esse negócio de estudar dá uma fome, né? Aliás, o pão chama Bread Pitt, pq é gostoso e saudável, assim como o Brad. rs Lá vai:



- 2 xic de aveia fina ou em flocos
-3 xic de quinoa em flocos
- 2 xic de farinha de trigo integral
- 2 col sopa fermento biológico
- col de sopa de óleo de girassol
- 1 col sopa de sal do Himalaia
-água morna ( mais ou menos 3 xic)

Misture a aveia, a quinoa, a farinha e o fermento e junte os demais ingredientes. Vá acrescentando água morna aos poucos até a massa ficar elástica, cuidando para que não fique dura. O ideal é fazer vários pãezinhos, divididos em porções de 2 a 3 colheres de sopa da massa para cada um. Coloque-os em uma assadeira polvilhada com farinha, a uma boa distância um do outro. Espere a massa dobrar de volume e então leve para o forno pré-aquecido em temperatura média baixa por aproximadamente 40 mim.

Receita adaptada de :

Biazzi E. Delícias para o café da manhã - 100% vegetarianos. Ed Viva Natural. 2a Ed.2011. 115 p.



domingo, 10 de novembro de 2013

Considerações sobre o Programa Globo Repórter exibido pela Rede Globo, no dia 08/11/13 - "carnívoros x vegetarianos"

Muitos de meus amigos, ao verem o tema do último Globo repórter exibido na TV aberta, lembraram-se logo de mim, insistindo para que eu assistisse. Infelizmente, não pude acompanhar "ao vivo" , mas assisti agora pouco na TV paga e aqui vão algumas considerações a respeito:

O programa retratou o tema do ponto de vista da saúde, sobre qual tipo de dieta seria melhor para a saúde do ser humano. Exibiu entrevistas com especialistas, inclusive o Dr. Eric Slywitch, nutrólogo brasileiro especialista no assunto, autor de diversos livros e muito respeitado entre os vegetarianos. Foi em, minha opinião, fiel às situações e questões que envolvem o dia-a-dia de uma alimentação vegetariana e vegana bem planejada e mostrou que, a princípio, qualquer dieta equilibrada, unida a visitas médicas regulares e prática de exercícios físicos pode proporcionar saúde. Mostrou, inclusive, o desempenho de dois "super-atletas" e suas respectivas dietas, uma vegana e a outra onívora, deixando claro que ambas, unidas ao treinamento adequado, podem resultar em sucesso. Ótimo. Cumpriu o seu papel, do ponto de vista da saúde, pelo menos. Mas cabe lembrar, que geralmente, os principais motivos que levam uma pessoa a se tornar vegetariana, ou mesmo vegana, não são do âmbito da saúde, sendo essa, geralmente, apenas mais uma das boas consequências ligadas a esta escolha.
O que realmente leva alguém a se tornar vegano, principalmente, é a compaixão pelos animais, que são seres sencientes, capazes de sentir dor, medo e angústias, assim como os humanos, não devendo, principalmente nos dias atuais, onde há tantos recursos disponíveis, serem alvos da exploração e subjugação pelo animal humano. Além do que, há os problemas ecológicos envolvidos com o consumo da carne, a saber:

- a pecuária é, atualmente principal agente do desmatamento da floresta amazônica;
-  a criação de gado para corte da maneira como é feita hoje é insustentável para uma população mundial futura de mais de 9 bilhões de pessoas, que é a previsão para o ano de 2050;
- a produção de 1 kg de carne no Brasil gera tanto CO2 quanto rodar 1.600 km de carro;
- a cada segundo no Brasil mata-se um boi. O que equivale a 2,4 milhões de bois desmembrados por mês, ou a 48 milhões de litros de sangue derramados, o suficiente para encher 20 piscinas olímpicas com sangue inocente.

Além do mais, a dieta vegana, além de nutritiva, pode ser saborosa, econômica e ainda acabar com a fome mundial, caso os grãos utilizados "artificialmente" para a engorda de gado, sejam devidamente revertidos para a alimentação humana. Lembrando que o gado só existe hoje no imenso número atual, devido aos interesses econômicos do homem, em criá-los para seu assassínio e exploração de recursos.

 O homem pode até ter se beneficiado do consumo da carne animal em algum momento de sua evolução, mas o consumo da carne e de produtos de origem animal já não precisa acrescentar mais nada à saúde e reprodução humanas.

Estes são os princípios básicos do veganismo: "Pelos animais, pelo meio-ambiente e pela saúde."

Dê um importante passo em direção a uma vida feliz, sem culpas desnecessárias e livre de crueldade. Seja vegano você também.

Dados: http://www.vista-se.com.br/

domingo, 3 de novembro de 2013

Receita: brigadeiro ecológico de colher.

Quem aqui como eu ( tem a idade de Cristo quando morreu?) odeia desperdiçar qualquer parte dos alimentos? Pois é. Um grande sonho que eu tenho é ter um enorme jardim onde eu possa jogar as cascas e sementes não usadas e ter um dia dezenas de hortaliças à disposição. Mas enquanto esse sonho não se realiza, pois moro em um "apertamento" na selva de pedras, vou armazenando e congelando as partes não utilizadas e reaproveitando em receitas. Para aproveitar a onde aniversários da minha família em novembro, resolvi fazer essa receitinha de brigadeiro de cascas de banana, adaptada de uma revistinha de receitas.
Lá vai:

Ingredientes
-aproximadamente 10 cascas de banana
- 6 col sopa leite de soja em pó
- 6 col sopa farinha de trigo
- 1 xic de chocolate
- 1 col sopa creme vegetal
- chocolate granulado para polvilhar

Pique as cascas em um processador e ferva. Dispense a água de fervura e cozinhe as cascas por 20 min em água limpa suficiente. Coe e leve ao liquidificador com 1 e 1/2 copo da água de cozimento. Leve para o fogo baixo com os outros ingredientes, exceto o creme vegetal e mexa até dar o ponto de brigadeiro. Só então adicione o creme vegetal ( não é margarina). Leve para um recipiente untado e deixe esfriar. Enrole e passe no granulado ou coma de colher.

Saia da zona de conforto que a mágica acontece.


Fonte: Receitas mil. Case Editorial. Ed 29 pg 11