sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Animais úteis e animais selvagens. Será?

Esta é uma reflexão a respeito da maneira como enxergamos (ou somos condicionados a enxergar) os animais domésticos, ou domesticáveis. Lembro-me que nos tempos de escola, não sei exatamente em que matéria, a  “tia” nos ensinava que existiam duas classes de animais, ( com relação aos interesses do homem): úteis e selvagens. Os animais úteis eram aqueles que podiam ser domesticados e servir ao homem de alguma maneira, como, por exemplo, as vaquinhas, que davam leite, as ovelhas que davam a lã e as abelhinhas que  davam  mel.  Ora, como assim davam? As vacas produzem leite, assim como as mulheres e qualquer fêmea mamífera, no período de lactação, para alimentar aos seus filhotes. As ovelhas são cobertas de pelos para a sobrevivência e preservação de sua própria espécie, e as abelhas produzem mel para sua sua comunidade como forma de estocar alimento em períodos de recesso de pólen. Ora essa, então os animais úteis, ou domésticos, não dão nada. O homem é que vai lá, na sua impertinência e rouba esses produtos tão necessários à vida e à sobrevivência de outras espécies, com a desculpa de serem fundamentais à sua própria sobrevivência. Bem, talvez até tenham sido em algum momento da história, mas não são mais. De maneira alguma. A tecnologia de materiais sintéticos já está mais do que desenvolvida, e o homem é capaz de produzir inúmeros tecidos tão ou mais eficientes do que a lã. Também podem produzir alimentos muito mais nutritivos do que o leite e o mel, se estes forem mesmo necessários, afinal, quem precisa de leite é recém-nascido, e de leite materno, diga-se de passagem. Se a desculpa para  tomar leite na fase adulta for a necessidade de cálcio, sabe-se que os vegetais verde-escuros, e alguns leites vegetais, como os preparados a partir da semente de gergelim, são fontes muito melhores desse mineral, pois a capacidade de absorção do cálcio quando nessas fontes é muito maior do que pela ingestão de leite de vaca.
Então meus caros, é chegada a hora de parar de disseminar esses valores passados de geração a geração, e começar a perceber que se os animais tem alguma utilidade, o tem para sua própria sobrevivência e preservação da espécie. O homem já está bem crescidinho na escala evolutiva para liberar os pobres animais domésticos de sua serventia forçada. Sejamos nós os animais úteis ao planeta, e procuremos formas não agressivas e exploratórias de coabita-lo com os nossos vizinhos de outras espécies.  

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